A chefe do Gabinete do Centro do Recife, Ana Paula Vilaça, representou a Prefeitura do Recife no painel “As boas práticas de inovação urbana nas cidades brasileiras”, parte do Circuito Urbano 2025 da ONU-Habitat, transmitido on-line pelo YouTube.
O debate, mediado por Gilberto Freyre Neto, reuniu especialistas do Instituto IKONE e representantes das prefeituras de Curitiba, Recife e Vitória, em uma rica troca sobre desenvolvimento urbano sustentável e inovação. Entre os participantes estavam Marcos Roberto Dubeux, fundador do Instituto IKONE e da CONE S/A; Tullio Ponzi, CEO da IKONE e diretor-executivo do Laboratório Urbano Vivo (LUV) de Vitória; Thomaz Ramalho, diretor de Planejamento do IPPUC (Curitiba); e Cíntia Estafania Fernandes, procuradora municipal de Curitiba.
Durante o encontro, os convidados abordaram temas como o uso de Inteligência Artificial (IA) no planejamento urbano, a revisão do Plano Diretor de Curitiba com foco em sustentabilidade de longo prazo, a implantação dos LUVs em Vitória e os desafios da reabilitação dos centros históricos. A procuradora Cíntia Fernandes também destacou o papel da reforma tributária no financiamento inteligente das cidades – conceito conhecido como Smart Tax City – e o uso de instrumentos fiscais na gestão do solo urbano.
Em sua fala, Ana Paula Vilaça apresentou o Projeto Recentro, reconhecido como um marco de transformação social e econômica no Recife, e ressaltou a importância de compartilhar experiências — tanto as conquistas quanto os desafios — entre diferentes cidades brasileiras.
“O Recentro é um exemplo de como a política urbana pode unir incentivos fiscais e impacto social. A partir da Lei do Recentro, conseguimos transformar imóveis ociosos em moradias e empreendimentos ativos, atraindo investimentos, fomentando o comércio local e devolvendo vida ao coração da cidade. Mas também é fundamental atrair pessoas para o centro – e isso passa por iniciativas que celebrem a cultura e a tradição do nosso povo. Quando ocupamos os espaços com arte, história e pertencimento, quebramos o estigma de um lugar abandonado e inseguro e revelamos o verdadeiro valor do centro como símbolo vivo da cidade”, destacou.”